O novo promotor, recém-concursado, um jovem boa-pinta, ainda no frescor dos seus 25 anos, fora transferido para trabalhar numa cidadezinha bem distante no sertão nordestino. Há uma semana hospedado no único hotel da cidade ele notou que em todos este dias não tinha visto nenhuma mulher nas cidade. Curioso, perguntou para um morador:
— Amigo, desculpe a curiosidade, mas eu ainda não conheci nenhuma senhorita nesta cidade…
— Ah doutor, aqui tem tempo que não nasce mulher não!
— Mas e vocês não sentem necessidade de um namoro, algum aconchego?
— Bom doutor, quando a gente com aquela vontade a gente vai até a beira do rio, né? Lá tem uma mulinha que ajuda a quebrar o galho!
— O quê? Mula? Que absurdo! Não acredito nisto!
E saiu o jovem promotor, indignado.
Passados alguns meses os hormônios falaram mais alto e o rapaz começou até a achar coerente se consolar com a mulinha. Foi até a beira do rio e chegando lá, usando de sua autoridade:
— Com licença, com licença, eu sou o promotor eu vou primeiro!
E abaixando as calças, tacou ferro na coitada.
Ohhhh! Espanto geral, quando, do fundo, alguém grita:
— Ô Doutor, a zona é do outro lado, a mula é só pra atravessar o rio!
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